A disciplina de Enfermagem na saúde do Neonato e da Criança, realizou um encontro bem especial. Nas últimas aulas, mães de bebês que nasceram prematuros e passaram algum tempo em UTINeonatal, conversaram com os acadêmicos.
Na ocasião, os alunos puderam ouvir as experiências, os depoimentos e o agradecimento dessas mães às equipes de enfermagem quem cuidaram de seus filhos, evidenciando assim, a importância da qualificação do enfermeiro.

Manuela Salbego – foto autorizada pela mãe
Esses bebês cresceram, alguns inclusive, já estão em fase escolar. Destes, muitos foram prematuros extremos, nascendo com menos de sete meses de gestação. É o caso de Manuela Martins, filha de Michele Rubenich Martins, que nasceu com 960g com 27 semanas de uma gestação gemelar. Hoje ela está com 2 anos e 7 meses.

Manuela Martins – foto autorizada pela mãe
Participaram do encontro também, a pequena Alice (3) e a mãe Tamara Volcato. Alice nasceu com 3kg e 35 semanas de gestação, onde foi descoberta uma mielomeningocele. A pequena Manuela Salbego e sua mãe Tatieli Salbego, também participaram. Manuela nasceu com 790g com 26 semanas de gestação, hoje ela está com 1 ano e 5 meses.
Prematuridade

Alice Volcato – foto autorizada pela mãe
O nascimento prematuro é aquele que acontece antes da trigésima sétima semana de gestação, aumentando a morbidade neonatal imediata e tardia e estando relacionada a diversos agravos de saúde. A morbidade neonatal concentra-se principalmente em prematuros extremos, idade gestacional menor que 27 semanas.
Os prematuros podem ser classificados de acordo com a idade gestacional ao nascer, sendo o prematuro limítrofe aquele nascido entre 37 e 38 semanas; moderado nascido entre 31 e 36 semanas e prematuro extremo aquele nascido entre 24 e 30 semanas de idade gestacional.
No Brasil, estima-se que o nascimento de bebês prematuros corresponda a 12,4% dos nascidos vivos, de acordo com dados do Sistema de Informações Sobre Nascidos Vivos (Sinasc) e do Ministério da Saúde.
De acordo com a enfermeira e professora Priscila Assumpção, a Unidade Neonatal é um serviço de internação responsável pelo cuidado integral ao recém-nascido grave ou potencialmente grave, onde encontra-se os principais recursos – humanos e materiais – necessários para dar suporte às funções vitais do bebê prematuro.
“Na enfermagem a comunicação é indispensável, identificar as necessidades dos pais permite incorporá-las no plano de cuidado e melhorar a comunicação de enfermagem, em síntese, a transferência de um bebê para a UTIN aflora sentimentos aos familiares em especial a mãe, uma vez que há a quebra de expectativa entre a criança idealizada e a concreta. O profissional deve estar junto a essa mãe passando informações e estabelecendo uma relação de confiança”, aponta, Priscila.
As atividades da disciplinas são orientadas pela professora Priscila – que é uma das enfermeiras responsáveis pela UTINeonatal do Hospital de Caridade de Santa Maria.